quinta-feira, 27 de março de 2014

Peça alemã na zona leste de São Paulo



 Por Edson Souza

Crítica de teatro


Divulgação - O homem feio
Depois de uma curta temporada no Sesc Consolação a Companhia Insaciável tem o mérito de levar o recente escritor alemão Marius Von Mayenburg, para os palcos da Penha, zona leste de São Paulo, uma região carente de bons espetáculos, e assim ocorre a descentralização do roteiro de boas peças na cidade.

A direção de André Pink e os atores Alex Houf, Bruna Miglioranza, Camilo Schaden Danilo Gambini, Tiago Real e Fernanda Hartmann criam uma atmosfera de conformismo social. Drama e comédia se misturam e o espectador fica na dúvida de como classificar o espetáculo.

A peça O Homem Feio, conta com recursos mínimos de cenário, com um pano de fundo branco e um balcão, assim o espectador não consegue se localizar no ano em que se baseia a história contada. 

Um dia Lette descobre que sua feiura atrapalha no desempenho de seu trabalho, não conformado procura por um cirurgião plástico e torna – se um modelo de beleza. Mas terá consequências inacreditáveis e um desfecho incerto. O espetáculo e discute o excesso de cirurgias plásticas a procura da perfeição física e a selvageria social moderna.

O figurino social em preto e branco não interfere ou chama atenção durante o espetáculo, assim como a iluminação simples, mas com uma execução perfeita e a sonoplastia é somente feita pelos próprios atores, com sons de onomatopeias, brocas e diversos sons de aparelhos, criada pelos atores.

O espectador que senta na primeira fileira do espetáculo é capaz de ficar ao lado dos atores, pois enquanto uma dupla de atores está atuando, o restante fica sentado assistindo a encenação. Em um breve momento ocorre a quebra da quarta parede, com uma pequena interação com o público e faz com que as mulheres da plateia sejam figurantes.

O texto é de fácil assimilação, contemporâneo e poderia se passar em qualquer cidade do mundo. A expressão corporal dos atores estão de acordo com as diversas linguagens teatrais utilizadas pelo diretor, sutis e de fácil percepção para qualquer público, não desrespeitando a sua inteligência.

O Homem feio
22/03 até 21/04
Centro Cultural da Penha
Bilheteria
Sábados às 20h e Domingos às 19h Ingressos: R$ 10 / R$ 5 (meia-entrada)
(11) 2295-9624 ou e-mail: centroculturaldapenha@gmail.com
Endereço: Largo do Rosário, 20 - Penha

quarta-feira, 12 de março de 2014

Ator Roney Facchini dá suas impressões da peça “Ou você poderia me beijar”



Texo: Edson Souza


O homossexual na terceira idade e os direitos civis estão representados no espetáculo Ou Você Poderia Me Beijar, em cartaz no Teatro do Núcleo Experimental.

 
Roney Facchini em cena - Ou você poderia me beijar

Dirigida por Zé Henrique de Paula e com texto do britânico Neil Bartlett, a história conta a difícil tarefa de um casal que lida com a morte de um dos cônjuges depois de 60 anos de relacionamento. O par é interpretado por seis atores, em três épocas: juventude (Thiago Carreira e Felipe Ramos), maturidade (Marco Antonio Pâmio e Rodrigo Caetano) e velhice (Claudio Curi e Roney Facchini).

Não importa o gênero, o amor sempre prevalece, é o recado passado pelo espetáculo. O ator Roney Facchini tem a sua definição. "Para mim, além de uma história de amor, a peça trata da dificuldade que duas pessoas têm, depois de viverem 60 anos juntas, de se separar, por qual motivo seja. Gosto muito do humor da peça, a dificuldade de um dos personagens para se entregar ao seu desejo homossexual na década de 70, tudo muito sutil e engraçado", explica.

O intérprete não sentiu muita dificuldade para viver um homossexual idoso. "Não assumimos estereótipos e falamos do homem em geral. Como tenho 60 anos, me parece fácil falar da terceira idade, já estou nela. O fato dele ser homossexual é natural como a própria vida", conta Facchini. "Nunca me senti tão bem, realizado, atuante, o teatro ajuda muito. Um idoso não precisa parar de trabalhar, no teatro haverá sempre grandes personagens para atores velhos."

Cada espectador se identifica com um aspecto do espetáculo. "As mulheres nem enxergam o casal gay, a maioria fala que é igual à história dos avós, tios etc.", diz o ator. "Alguns jovens se apegam às dificuldades iniciais do casal, o primeiro apê, a rejeição social, mas com certeza é o amor que mais prevalece nas três fases, juventude, maturidade e velhice."

De um modo contemporâneo o espetáculo é permeado de drama, comédia e fortes emoções. Diversão garantida para a plateia. A peça, que estreou no último dia 7, fica em cartaz até 27 de abril, às sextas e sábados, 21h, e domingos, 19h. Mais informações sobre ela você tem em nossa Agenda.

Publicado no site Guia Gay São Paulo.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Os detalhes do Jardim Botânico

Texto e imagens: Edson Souza
Estufas

Os detalhes impressionantes do Jardim Botânico de São Paulo fazem a visita valer a pena. O local está conservado, limpo e com segurança policial, no dia visitado havia algumas reformas em andamento, inclusive nas duas estufas.

O Jardim Botânico é ideal para passeios familiares, crianças, jovens e casais, além é claro, dos atletas de fim de semana. Placas orientam sobre algumas espécies de vegetação, história do jardim e dicas de saúde e preservação do meio ambiente.

Dividido em várias seções com os destaques para o Museu Botânico, Túnel de Bambu, Jardim dos Sentidos e a Trilha do Nascente.
Os detalhes mais bonitos



Jardim Lineu




Museu Botânico


História do Jardim Botânico

O Jardim Botânico está localizado no bairro da Água Funda em São Paulo. Com 143 hectares abrigando diversas espécies vegetais, incluindo duas estufas, onde se encontram plantas típicas da mata atlântica.

Em 2013 o Jardim Botânico completou 85 anos dedicados a preservação ambiental. Além do parque o local ainda realiza cursos, palestras, eventos e feiras, tudo relacionado a preservação e pesquisa da área botânica.

Av. Miguel Stéfano, 3687
Água Funda - São Paulo - SP
Fone: (11) 5067-6000
Para mais informações visite o Site Oficial.

sábado, 8 de março de 2014

Parabéns a todxs mulheres do mundo

Por: Edson Souza

8 de março / Dia Internacional da Mulher

As mulheres e a sociedade exigem direitos! Nesse dia não dê flores ou chocolate presenteie com o respeito.



Que as mulheres não sejam nunca mais apedrejadas
Pelo direito de como usar o seu corpo
O direito de conceder a vida
Todos os direitos reservados para as mulheres

Respeito as mulheres negras
Direito de escolher a roupa que quiser
Mulheres com todos os direitos trabalhistas
Pelo fim da violência contra a mulher

Respeito a todas as travestis, transexuais e lésbicas
Por uma sociedade menos machista
Pelo livre arbitrio de escolher o aborto

Parabéns a todxs mulheres do mundo

O direito de conceder a vida
Todos os direitos reservados para as mulheres

terça-feira, 4 de março de 2014

Mostra itinerante homenageia Niemeyer nos metrôs

Texto e imagens: Edson Souza


Quantas pessoas passam diariamente no metrô? Quantas dessas param em uma exposição? Com estas perguntas na cabeça a mostra itinerante "Nosso Oscar Niemeyer", circula pelos metrôs da cidade de São Paulo.

A homenagem para nossa arquiteto mais famoso já passou pelo Memorial da América Latina e Metrô Sé, agora a exposição estará no metrô Luz (de 10 a 31 de março) e Santa Cecília (10 a 30 de abril) cativando ainda mais os paulistanos.

A exposição conta com 105 caricaturas, algumas já bastante conhecidas do público e traz diferentes artistas, como Amarildo, Alpino, Baptistão, Brum e outros. Interessante notar que alguns artistas criam suas artes a partir da mesma ideia que Niemeyer fazia com seus croquis, ou seja, formas quadradas, minimalistas, ou até mesmo, simples "rabiscos".